segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Uma notícia péssima, uma ruim e nenhuma boa!

Taxista foge após atropelar e arrastar ciclista no balão do Recanto

Luiz Calcagno

Publicação: 20/02/2011 14:37 Atualização: 20/02/2011 20:11

O taxista avançou e bateu atrás da bicicleta arrastando o homem por alguns metros (Cadu Gomes/CB/D.A Press )
O taxista avançou e bateu atrás da bicicleta arrastando o homem por alguns metros

O jornalista Afonso Morais, 37 anos, morador de Águas Claras, foi atropelado por um taxi por volta das 11h deste domingo (20/2). Afonso andava de bicicleta no Rencanto das Emas quando o motorista da Parati, placa JIG-8857, o atropelou no balão do Recanto, na entrada da cidade.

Segundo o ciclista, o carro ia cortá-lo quando ele sinalizou e o motorista reduziu a velocidade. Ao ultrapassar o veículo, ele pediu que o condutor do taxi prestasse mais atenção. Ainda de acordo com a vítima, nesse momento, o taxista avançou e bateu atrás da bicicleta arrastando o homem por alguns metros. Depois, o motorista ainda teria passado por cima da bicicleta.

Ao ver a reação do taxista, os demais carros buzinaram para que ele parasse, mas em vez disso, ele fez o balão e fugiu retornando na pista sentido Samambaia. Testemunhas perseguiram o carro e anotaram a placa.

O táxi pertence a Lázaro Bernardes Leite, mas não é possível dizer se era ele quem conduzia o veículo no momento do acidente. A princípio, a 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) trabalha com a hipótese de omissão de socorro, mas após um laudo da perícia, do Intituto Médico Legal e dos depoimentos, se ficar comprovado que o motorista agiu de próposito, ele poderá responde por tentativa de homicídio.


Ciclista morre depois de ser atingido por carro na EPTG

Leonardo Santos

Publicação: 20/02/2011 17:24 Atualização: 20/02/2011 21:49

Uma pessoa morreu neste domingo (20/2), em um acidente envolvendo uma bicicleta e um carro na EPTG. De acordo com informações preliminares do Corpo de Bombeiros, o ciclista, Leonardo Teixeira da Silva, 28, foi atingido por um carro nas proximidades da boate A+.com. O motorista do veículo fugiu do local. A polícia investiga o caso.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

EPTG (Linha Vermelha): expressão máxima do descaso governamental no setor de transporte





Por Uirá Lourenço – servidor público e ciclista por opção

Fevereiro/2011




A equivocada obra da “Linha Verde” nem fez aniversário e já está velha, ultrapassada. Não há mais espaço para tantos carros, mesmo com a ocupação do acostamento e do já extinto corredor de ônibus.

Com a milionária mega-ampliação promovida pelo governo, a Estrada Parque Taguatinga possui duas pistas locais e mais três vias expressas, além de túneis e viadutos. Não existe mais qualquer semáforo, faixa de pedestre ou outro equipamento que impeça a pressa motorizada. Nos horários de pico, apesar do alto limite de velocidade, milhares de motoristas ficam parados em longos congestionamentos cuja causa é a enorme frota circulante de carros.


Apesar das inúmeras leis distritais que preveem incentivos ao transporte não motorizado, ciclovia e calçada foram ignoradas na mega-ampliação. Nos mais de R$ 300 milhões gastos (incluindo recursos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento), as prometidas faixas exclusivas para ônibus também não saíram do papel.


Vale lembrar que a rodovia é uma das recordistas em acidentes e mortes. Apenas em 2010, segundo dados do Detran até outubro, ocorreram 11 acidentes com morte. Caminhar e pedalar pela EPTG são atos heroicos.


Confira as imagens dessa absurda rodovia, talvez o pior exemplo a nível mundial. Em pleno século XXI, com todo o clamor pelas questões ambientais, e justamente na capital federal, que ostenta um ar de modernidade, eis que o rodoviarismo da década de 50 ressurge com toda a força, afugentando qualquer ser desprovido de motor.



- Link para o registro fotográfico completo:
https://picasaweb.google.com/uiradebelem/EPTG

- Links de alguns vídeos feitos na via:
EPTG: carros param e bicicletas seguem livremente
http://www.youtube.com/watch?v=Bo2vSN77pgg
Caos na EPTG (Linha Vermelha)
http://www.youtube.com/watch?v=0lrDsOAYWFU

Caso não consiga visualizar as imagens, por favor entre em contato:

uiradebelem@yahoo.com.br


Divulgue esse absurdo rodoviarista!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Enquanto isso, em Brasília!

Cena 1

Ciclovia de Ceilândia está inacabada

A ciclovia da cidade deveria ter sido entregue no fim do ano passado, mas não foi concluída. Administrador não indicou data certa para recomeçar a obra.


A maior parte da ciclovia de Ceilândia ainda está só com as estacas de demarcação. A construção, que começou em setembro e deveria ter sido concluída no fim do ano, está parada.

Sem manutenção, até as áreas pavimentadas estão se perdendo. O barro avança pela pista. “Esqueceram de colocar muretas para evitar que o barro invada a ciclovia. Acabou que a chuva forte arrastou a lama, impedindo a gente de passar”, indica o estudante Rafael Damasceno.

Qualquer deslize pode ser perigoso. O risco é ainda maior porque os fios da rede elétrica ficaram expostos. Sempre quando se aproxima do local, o servidor público Flávio Silva redobra os cuidados. Logo adiante, é obrigado a descer da bicicleta.

“Fizeram um bloqueio numa parte, o que dificulta o acesso. A gente tem que parar, descer, transpor esse obstáculo para depois conseguir seguir”, conta.

Quem usa a ciclovia precisa, realmente, estar atento o tempo todo. Isso porque a pista pavimentada acaba de uma hora para outra, e logo começa a via de chão batido. Não há qualquer indicação da transição para o ciclista.

O administrador de Ceilândia, Ari de Almeida, admite as falhas no projeto. “Ela leva a um lugar cego e você não consegue achar onde ela inicia”, comenta. Mesmo assim, o administrador diz que a obra deve ser retomada até o meio do ano. “As empresas tinham um prazo para executar. Como elas não conseguiram cumpri-lo, o empenho para o pagamento da segunda parcela foi cancelado”, explica.

Ari de Almeida diz ainda que o governo trabalha, agora, o reempenho, para que seja dada continuidade à obra. O aposentado Noé Pereira da Silva está contando com isso. O ciclista não se conforma com o abandono da ciclovia. “É o dinheiro jogado fora e o desrespeito com o ciclista, porque tem muita gente na Ceilândia que se locomove de bicicleta”, fala.

Alessandra de Castro

VEJA O VÍDEO DA MATÉRIA



Cena 2

PAC da mobilidade terá investimentos de R$ 18 bilhões


LEONENCIO NOSSA E SANDRA MANFRINI - Agencia Estado

BRASÍLIA - O Ministério do Planejamento realiza nesta manhã, em Brasília, a cerimônia de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinado à mobilidade. Segundo nota divulgada à imprensa, com o lançamento está aberto o processo de seleção de projetos para incrementar a infraestrutura do transporte público coletivo nas 24 maiores cidades do País.

O programa terá investimentos de R$ 18 bilhões, sendo R$ 6 bilhões de investimento direto da União e R$ 12 bilhões por meio de financiamento, com o objetivo de ampliar a capacidade de locomoção e melhorar a infraestrutura do transporte público nas grandes cidades.

Segundo o ministério, serão selecionados projetos para implantação e melhoria da infraestrutura do transporte público coletivo e também para a aquisição de equipamentos voltados para a integração, controle e modernização de sistemas. Os projetos, esclarece o ministério, podem incluir sistemas de transporte sobre pneus, como corredores de ônibus exclusivos (BRT, na sigla em inglês) e de Veículos Leves Sobre Pneus (VLP), além de sistemas sobre trilhos, como trens urbanos, metrôs e Veículos Leves sobre Trilhos (VLT).

Os 24 municípios a serem beneficiados pelo PAC Mobilidade foram divididos em três grupos. O primeiro é formado por nove capitais de regiões metropolitanas com mais de três milhões de habitantes: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Fortaleza, Salvador e Curitiba.

O segundo grupo inclui seis cidades com população entre um e três milhões de habitantes: Manaus, Belém, Goiânia, Guarulhos, Campinas e São Luís. O terceiro grupo é voltado para cidades de 700 mil a um milhão de habitantes e engloba mais nove cidades: Maceió, Teresina, Natal, Campo Grande, João Pessoa, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São Bernardo do Campo.

Seleção dos projetos

Segundo o ministério do Planejamento, os projetos devem ser apresentados pelos Estados e/ou municípios seguindo critérios já estabelecidos para enquadramento. Entre eles estão a garantia de sustentabilidade operacional dos sistemas, a compatibilidade entre demanda e os modais propostos e a adequação às normas de acessibilidade.

Segundo o ministério, serão priorizados projetos que beneficiem áreas de população de baixa renda, que já contêm com um projeto básico pronto e que tenham situação fundiária regularizada. As inscrições dos projetos poderão ser feitas a partir do dia 21 de fevereiro, no site no Ministério das Cidades.

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,pac-da-mobilidade-tera-investimentos-de-r-18-bilhoes,55292,0.htm

domingo, 13 de fevereiro de 2011

ONGs do Distrito Federal cobram construção de ciclovias

Postado em 08/02/2011 ás 11h44

O Governo implantou apenas 42 km de ciclovias, restam 558 km. (Imagem: Roosewelt Pinheiro/ABr)

Na última quinta-feria (3) ONGs ambientais do Distrito Federal entregaram ao presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Moacir Bueno, um documento cobrando melhoras na infraestrutura destinada ao uso das bicicletas como meio de transporte.

Em 2009 uma lei estadual estabeleceu como meta do governo a construção de 600 quilômetros de ciclovias em todo o distrito federal. No entanto, até 2010 apenas 7% da meta havia sido alcançada, com a implantação de 42 km de pistas especiais para os ciclistas.

Como causas para a preocupação e cobrança de ações emergenciais estão dois fatores. O primeiro deles é o aumento expressivo no número de mortes causadas por acidentes de trânsito envolvendo os ciclistas. Em 2000 foram 780 casos e em 2007 esse número subiu para 1.139. O segundo ponto analisado pelas ONGs é a melhoria das condições atmosféricas que o incentivo ao uso das bicicletas pode causar.

A legislação já existente no estado prevê que o Sistema Cicloviário a ser construído seja formado principalmente por ciclovias, ou seja, pistas separadas das estradas destinadas aos veículos tradicionais onde possa trafegar somente ciclistas. A segunda opção são ciclofaixas, que compartilham as mesmas ruas que os carros, mas com um espaço demarcado onde só circulem bicicletas. Os viadutos, pontes e túneis também deverão receber adequações que facilitem e possibilitem aos ciclistas trafegar em seguranças.

Conforme previsto na lei o governo local deverá oferecer também projetos educacionais que promovam o comportamento seguro e o uso responsável da bicicleta como meio de transporte limpo.

As mudanças no sistema cicloviário promovem muitos benefícios. Os ciclistas ganham mais qualidade de vida e saúde, o meio ambiente fica menos poluído, o trânsito diminui e consequentemente o stress causado por ele, também. Conforme um estudo divulgado em 2010 pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente, o deslocamento de até cinco quilômetros é feito de maneira mais eficiente sobre as duas rodas de uma bicicleta do que em um automóvel de passeio ou transporte público.

Existem exemplos bem sucedidos de cidades por todo o mundo que investiram nas ciclovias. A capital dinamarquesa, Copenhagen, acreditou nessa proposta e hoje é considerada “a melhor cidade do mundo para os ciclistas”. Não é preciso ir tão longe, na América do Sul, a cidade de Bogotá é referência mundial de como esse tipo de investimento tem um bom retorno garantido. A bicicleta é o melhor meio de transporte para conhecer a capital colombiana, que possui 350 quilômetros de ciclovias. Argentina, Paris e Inglaterra também trilham o mesmo caminho. No Brasil as ciclovias ainda não são os principais alvos do governo e as cidades que possuem as melhores estruturas são Rio de Janeiro e Curitiba. Com informações da WWF-Brasil.

Redação CicloVivo