Matteo Guarnaccia
PROVOS é a forma reduzida de "provocadores", um dos grupos-chave no surgimento daquilo que nos anos 60 acabou tomando o nome de Contracultura.
"A revolta Provo foi o primeiro episódio em que os jovens, como grupo social independente, tentaram influenciar o território da política, fazendo-o de modo absolutamente original", conta Matteo Guarnaccia. "Caminhando contra a corrente do `cair fora` beatinik, os Provos holandeses empenharam-se descaradamente em permanecer `dentro da sociedade`, para provocar nela curto-circuito."
Herdeiros do dadaísmo e da tradição anarco-comunista, os provos inauguraram novos formatos de ação política e da luta ecológica. Deram nova dimensão à idéia de desobediência civil.
O autor, Matteo Guarnaccia, conta aqui a história do grupo que inspirou toda a chamada contracultura dos anos 60 e transformou Amsterdam na cidade mais livre e tolerante do Ocidente.
Jogo, magia, e anarquia, nisso foi centrada a atividade do movimento Provo. Um grupo de divertidos agitadores que se reuniram no "Centro Mágico" de Amsterdam para celebrar ritos coletivos contra o fetiche da sociedade consumista. Ali surgiram as primeiras campanhas antipublicidade e anti automóvel. Ali surgiu aquilo que passamos a chamar de Contracultura e se desenvolveu a idéia de que a subversão funciaonava melhor quando misturada com humor inesperado.
O exemplo dos Provos antecipou e inspirou os diversos movimentos de contestação jovem nos anos 60, inclusive a esquerda hippie norte-americana e os manifestantes do maio de 68 francês.
Matteo Guarnaccia nasceu em Milão em 1954 e é um dos principais representantes da psicodelia européia, seja com seu trabalho como ensaísta e escritor, seja com seu trabalho como artista.
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