Na última quinta-feria (3) ONGs ambientais do Distrito Federal entregaram ao presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Moacir Bueno, um documento cobrando melhoras na infraestrutura destinada ao uso das bicicletas como meio de transporte.
Em 2009 uma lei estadual estabeleceu como meta do governo a construção de 600 quilômetros de ciclovias em todo o distrito federal. No entanto, até 2010 apenas 7% da meta havia sido alcançada, com a implantação de 42 km de pistas especiais para os ciclistas.
Como causas para a preocupação e cobrança de ações emergenciais estão dois fatores. O primeiro deles é o aumento expressivo no número de mortes causadas por acidentes de trânsito envolvendo os ciclistas. Em 2000 foram 780 casos e em 2007 esse número subiu para 1.139. O segundo ponto analisado pelas ONGs é a melhoria das condições atmosféricas que o incentivo ao uso das bicicletas pode causar.
A legislação já existente no estado prevê que o Sistema Cicloviário a ser construído seja formado principalmente por ciclovias, ou seja, pistas separadas das estradas destinadas aos veículos tradicionais onde possa trafegar somente ciclistas. A segunda opção são ciclofaixas, que compartilham as mesmas ruas que os carros, mas com um espaço demarcado onde só circulem bicicletas. Os viadutos, pontes e túneis também deverão receber adequações que facilitem e possibilitem aos ciclistas trafegar em seguranças.
Conforme previsto na lei o governo local deverá oferecer também projetos educacionais que promovam o comportamento seguro e o uso responsável da bicicleta como meio de transporte limpo.
As mudanças no sistema cicloviário promovem muitos benefícios. Os ciclistas ganham mais qualidade de vida e saúde, o meio ambiente fica menos poluído, o trânsito diminui e consequentemente o stress causado por ele, também. Conforme um estudo divulgado em 2010 pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente, o deslocamento de até cinco quilômetros é feito de maneira mais eficiente sobre as duas rodas de uma bicicleta do que em um automóvel de passeio ou transporte público.
Existem exemplos bem sucedidos de cidades por todo o mundo que investiram nas ciclovias. A capital dinamarquesa, Copenhagen, acreditou nessa proposta e hoje é considerada “a melhor cidade do mundo para os ciclistas”. Não é preciso ir tão longe, na América do Sul, a cidade de Bogotá é referência mundial de como esse tipo de investimento tem um bom retorno garantido. A bicicleta é o melhor meio de transporte para conhecer a capital colombiana, que possui 350 quilômetros de ciclovias. Argentina, Paris e Inglaterra também trilham o mesmo caminho. No Brasil as ciclovias ainda não são os principais alvos do governo e as cidades que possuem as melhores estruturas são Rio de Janeiro e Curitiba. Com informações da WWF-Brasil.
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