sexta-feira, 23 de julho de 2010

Capacete evita 85% das lesões na bicicleta

Capacete evita 85% das lesões na bicicleta
23 de julho de 2010

Felipe Oda

Cair da bicicleta é normal na infância, quando o equilíbrio ainda não está plenamente desenvolvido. Errado, dizem os especialistas, é ignorar as medidas de proteção que podem evitar que o tombo tenha consequências mais sérias que um simples galo ou esfolado. As quedas representam a principal causa de fratura facial em crianças e jovens menores de 18 anos, de acordo com uma pesquisa que acaba de ser concluída pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O estudo, promovido pela Faculdade de Odontologia da Unicamp (câmpus Piracicaba) durou dez anos. Os especialistas acompanharam 757 pacientes e notaram que, nos casos de fratura facial, 98% das crianças não usavam acessórios de segurança, como o capacete. Meninos representam 70% dos casos. O tombo de Raphael de Souza Abreu Lima, 12 anos, combina com essa estatística. Como lembrança do dia da queda, ocorrida dentro do condomínio onde mora, guarda uma cicatriz na testa.

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“Ele estava correndo, sem capacete, caiu e bateu a testa na quina da parede. Tive que levá-lo ao hospital porque foi bem feio”, conta a mãe do garoto, a promotora Ana Carolina de Souza, 35. Mesmo depois do acidente, mãe e filho admitem que os itens de segurança não são utilizados. “Como ele anda bem (de bicicleta), não me preocupei. Já é mais crescido, não usa por vergonha”, justifica Ana. “Não gosto de usar. Eles me atrapalham”, completa Raphael.

Do estudo, os pesquisadores destacam ainda a posição do Brasil como o país com a maior incidência de traumas maxilofaciais. “A literatura médica prevê algo entre 1% e 14% na faixa etária estudada. Mas, no País, a pesquisa indicou a incidência de 30% de fraturas na mandíbula das nossas crianças”, afirma o autor do estudo da Unicamp, o cirurgião dentista José Luis Muñante–Cárdenas. Segundo ele, o osso facial mais afetado pelas ocorrências ciclísticas é a mandíbula. “Provavelmente pela exposição do osso”, diz.

A coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françóia, estima que 85% dos traumatismos faciais poderiam ser evitados com o capacete. Para ela, o uso dos equipamentos de segurança deveria ser obrigatório em todos os passeios, até no quintal de casa. “O objetivo é proteger a criança. Então, o uso é fundamental. Os pais devem falar dos benefícios e não associar os equipamentos ao perigo”, diz.

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A queda de Beatriz Duarte de Oliveira, 8 anos, não convenceu a dona de casa Lailce Garcia Duarte Oliveira, de 49, a adotar o capacete como obrigatório. “Quando ela caiu, até pensei em colocar o capacete, mas desisti. Ela só brinca na quadra do condomínio e comigo olhando”, justifica Lailce.

Mais que cortes superficiais e susto, as quedas podem provocar danos permanentes. No caso das lesões faciais, o cirurgião plástico Dov Charles Goldenberg, especialista em cirurgias do crânio e da face do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital das Clínicas, destaca as seguintes sequelas: alteração do crescimento, perda de sensibilidade, mobilidade comprometida e complicações estéticas.

“Tudo dependerá do grau de complexidade da lesão”, diz. Para o dentista Waldyr Antônio Jorge, especializado em cirurgia bucomaxilofacial pela Universidade de São Paulo (USP), um trauma na face de crianças e adolescentes costuma ser mais severo que em adultos. “Embora tenham uma reparação mais rápida, a criança e o jovem estão em desenvolvimento ósseo e são mais frágeis que adultos”, garante.

O capacete é obrigatório para Karla (à esquerda), 7, nos passeios de bicicleta “em lugares muito movimentados”, conta o pai dela, Roberto Carlos Figueiredo, 33. A menina nunca sofreu um machucado grave. “O capacete contribuiu para isso”, diz ele. Em ambientes domésticos, porém, ela está dispensada pelo pai de usar o acessório – ao contrário do que recomendam os especialistas (Werther Santana/AE)

O capacete é obrigatório para Karla, 7 anos, nos passeios de bicicleta “em lugares muito movimentados”, conta o pai dela, Roberto Carlos Figueiredo, 33. A menina nunca sofreu um machucado grave. “O capacete contribuiu para isso”, diz ele. Em ambientes domésticos, porém, ela está dispensada pelo pai de usar o acessório – ao contrário do que recomendam os especialistas (Werther Santana/AE)


FONTE: http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/capacete-evita-85-das-lesoes-na-bicicleta/

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Prefeitura entrega 409 bicicletas a agentes comunitários de saúde

(enviado por Danilson Ramos)

Prefeitura entrega 409 bicicletas a agentes comunitários de saúde

Mais de 400 bicicletas serão entregues pela Prefeitura de Teresina, por intermédio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), nesta quinta-feira, 22, aos agentes comunitários de saúde (ACS),do programa Estratégia Saúde da Família (ESF).

Em Teresina, a ESF conta com 229 equipes, compreendendo mais de 1.400 agentes, que desempenham suas atividades através de visitas domiciliares, acompanhando um número aproximado de 170 mil famílias residentes no município.

Essa nova remessa dos equipamentos responde pela segunda fase do projeto de aquisição e distribuição de bicicletas para os agentes. Na primeira fase, mais de mil agentes foram beneficiados com o equipamento,que melhora as condições de trabalho e facilita as ações dos profissionais que têm de se deslocar no território no atendimento às famílias, inclusive àquelas que moram em locais de difícil acesso.

O ato de entrega das bicicletas, que será presidido pelo presidente da FMS, Pedro Leopoldino, está marcado para às 9 horas, no auditório da instituição. De acordo com a Gerência de Atenção Básica (Geab), essa nova remessa cobre a quantidade de agentes comunitários de saúde do programa que ainda não contava com o equipamento.

A FMS, segundo a Geab, está providenciando a aquisição de mais bicicletas, desta vez para contemplar os agentes comunitários de saúde que foram aprovados no último concurso público e já estão sendo convocados de acordo com a necessidade de cada microárea. Até o momento já foram convocados 99 candidatos.

Distribuição:

As bicicletas serão distribuídas para 138 agentes que atuam nas comunidades de responsabilidade da Coordenadoria Regional de Saúde Leste-Sudeste, 199 para os agentes das comunidades da Regional de Saúde Sul e 72 para os agentes dos bairros da Regional de Saúde Centro-Norte. São 286 bicicletas de modelo feminino e 123 do modelo masculino.

“A Prefeitura teve a preocupação no que diz respeito ao gênero, solicitando do fornecedor que venceu a concorrência pública, bicicletas especificas para homens e também para as mulheres que atuam no programa”, revela a gerente de Atenção Básica da FMS, Adriana Valadares. “Essas novas bicicletas, devidamente adaptadas para a função do agente, facilitam o trabalho desses profissionais no que se refere às visitas às famílias das suas microáreas de atuação”, completa.

Segundo Adriana, esse tipo de iniciativa da FMS tem como um dos seus principais objetivos fortalecer as ações de saúde no município a partir do incentivo a quem trabalha na porta de acesso à rede de atendimento. “As equipes de saúde da família contribuem fortemente para essa estrutura em saúde pública que faz de Teresina referência em assistência para o restante do Piauí e para outros Estados, por isso essa preocupação da direção da Fundação Municipal de Saúde em valorizar quem trabalha na ponta, como, no caso, os agentes comunitários de saúde”, completa.

Segundo Adriana, esse tipo de iniciativa da FMS tem como um dos seus principais objetivos fortalecer as ações de saúde no município a partir do incentivo a quem trabalha na porta de acesso à rede de atendimento. “As equipes de saúde da família contribuem fortemente para essa estrutura em saúde pública que faz de Teresina referência em assistência para o restante do Piauí e para outros Estados, por isso essa preocupação da direção da Fundação Municipal de Saúde em valorizar quem trabalha na ponta, como, no caso, os agentes comunitários de saúde”, conclui.

FONTE: http://45graus.com.br/prefeitura-entrega-409-bicicletas-a-agentes-comunitarios-de-saude,geral,65746.html

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Brasília: uma cidade de futuro?

(enviado por Tamer Américo)

Brasília é a capital dos carros O baixo investimento no transporte público e o crescimento acelerado da frota de veículos fazem do DF um território em que faltam vagas e sobram reclamações dos pedestres

Adriana Bernardes
Publicação: 21/07/2010 07:52

A cidade sonhada por Lucio Costa tem avenidas amplas que se perdem no horizonte. Tem pilotis livres e espaços preenchidos por muito verde que, depois de surrados pelo ir e vir dos pedestres, transformam-se em caminhos calçados, não onde o administrador acha que convém, mas onde os pés do povo escolhem pisar. Imaginou-se para Brasília o convívio harmônico entre automóveis e pedestres. Mas passados 50 anos da construção da capital, não é isso que se vê.

Quem passa pelo Setor de Autarquias Sul costuma se deparar com cenas como essas diariamente: área verde degradada pela irregularidade.

A falta de investimento em transporte público, o inchaço populacional das cidades ao redor de Brasília, a concentração de empregos no Plano Piloto e a renda do brasiliense têm relação direta com o crescimento da frota. Resultado: as avenidas já não conseguem dar vazão a tantos carros. Até junho deste ano, o Departamento de Trânsito (Detran) tinha registrado 1.182.368 veículos. O crescimento médio da frota gira em torno de 8% ao ano.

A violência no trânsito fez 424 vítimas ano passado. Dessas, 27,1% ou 115 pessoas estavam a pé quando perderam a vida e outras 42 (9,9%) eram ciclistas. Boa parte deles dividia o espaço com os carros porque, apesar da topografia quase plana — altamente favorável ao transporte por meio de bicicleta —, Brasília tem apenas 42km de ciclovia concluídos.

Para o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no DF (Iphan), Alfredo Gastal, “a paisagem da cidade está sendo destruída pelo excesso de carros”. Ele critica a falta de investimentos no transporte público. “Temos 2,2 pessoas para cada carro em circulação, um índice muito elevado”, destaca Gastal. “As ciclovias são um transporte limpo, democrático, adotadas no mundo inteiro. É inaceitável que o GDF não invista corretamente para construir vias para os ciclistas. Seria uma forma excelente de tirar os carros da rua e reduzir o trânsito”, diz a promotora de Defesa da Ordem Urbanística Luciana Medeiros, do Ministério Público do DF. Para o governo, o Programa de Transporte Urbano do DF — Brasília Integrada é o único capaz de dar a mobilidade que o DF precisa (veja quadro).

Conflitos
Em blitz no Setor Bancário Sul, o Detran encontrou carros estacionados em um retorno e nas calçadas - ()
Em blitz no Setor Bancário Sul, o Detran encontrou carros estacionados em um retorno e nas calçadas

O crescimento acelerado e constante da frota gera outros conflitos. O tempo de casa até o trabalho aumentou e o brasiliense amarga minutos preciosos em congestionamentos ou “pontos de lentidão”. Também falta lugar para deixar tantos veículos, desculpa de muitos para deixá-los estacionados sobre as calçadas, em filas duplas e em áreas verdes. Os setores Bancário e de Autarquias — nas asas Sul e Norte — estão entre os mais críticos.

No Setor de Autarquias Sul, o Correio flagrou dezenas de carros estacionados irregularmente. De tanto o motorista deixar os veículos sobre a grama, a extensa faixa verde que dividia a calçada das vagas regulamentadas — na altura da Quadra 1 — se transformou em um tapete de terra vermelha. Os condutores também param nas curvas e até em terrenos inclinados sobre o gramado do viaduto pouco antes do acesso a L2 Sul.

Na tarde de quarta-feira (14), a reportagem se deparou com uma blitz do Detran na Quadra 2 do Setor Bancário Sul. Havia carros parados sobre a calçada e ao longo dos dois lados da pista, o que é proibido. Os condutores praticamente interditaram um retorno porque deixaram os carros nos dois lados da via. As placas de vagas exclusivas para idosos e para embarque e desembarque não impediram que os motoristas fizessem o uso indevido do local.

Menos de 10 minutos após a chegada dos agentes, dezenas de motoristas desceram dos prédios para tentar se salvar da punição. Perto dos agentes, sorrisos e desculpas ditas em voz baixa e tom de súplica. Longe deles, palavras de inconformismo com a cobrança de cumprimento da lei. “Alguém aí tem uma trouxa de roupa para esse povo do Detran lavar? Eles estão precisando é de serviço”, comentou um rapaz com o amigo. Uma mulher que teve o veículo multado porque parou na esquina de um retorno desabafou com um flanelinha. “Esses (palavrão) me multaram. Cambada de (outro palavrão). É um absurdo.” Nenhum dos motoristas multados quis dar entrevista.

Acostumado a estacionar na região, o advogado Thiago Lemos, 25 anos, — que não foi multado —, reclamou com os agentes sobre a sinalização precária. “O Detran precisa melhorar a sinalização. Aqui neste ponto é permitido estacionar, mas a pintura do chão está apagada. É complicado porque a quantidade de carros é grande e não tem vaga. As pessoas acabam deixando em qualquer lugar”, comentou.

O comércio local da Asa Sul também não tem espaço para acomodar os clientes, que acabam deixando os veículos nas quadras residenciais, gerando transtornos para quem vive nas redondezas. Em 2009, quando o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) decidiu cobrar dos condutores o respeito à legislação, os comerciantes foram às ruas protestar contra a fiscalização e propuseram transformar as áreas verdes localizadas nas pontas das quadras em estacionamentos provisórios. O governo montou uma comissão dentro da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Seduma) para propor alternativas. Até hoje, nenhum projeto foi apresentado.


A Brasília de Lucio Costa
"Fixada a rede geral do tráfego de automóvel, estabeleceram-se tanto nos setores centrais como nos residenciais tramas autônomas para o trânsito local dos pedestres a fim de garantir-lhes o uso livre do chão, sem, contudo, levar tal separação a extremos sistemáticos e antinaturais, pois não se deve esquecer que o automóvel, hoje em dia, deixou de ser o inimigo inconciliável do homem, domesticou-se, já faz, por assim dizer, parte da família. Ele só se 'desumaniza, readquirindo vis-à-vis do pedestre, feição ameaçadora e hostil, quando incorporado à massa anônima do tráfego"
Memorial do Plano Piloto de Brasília

A solução para a cidade
"Brasília precisa reformar 100% do sistema de transporte coletivo adotando uma frota moderna, bonita para compor paisagem e eficiente. Só assim as pessoas vão se sentir incentivadas a deixar o carro em casa. É preciso investir no transporte limpo. A cidade é plana, muito propícia ao uso da bicicleta mas, mesmo quem tem interesse não encontra as condições favoráveis. Não há ciclovias ou ciclofaixas, nem local para deixar bicicleta ou tomar banho e trocar de roupa. E por fim, como não há como eliminar os veículos existentes, há que se investir em estacionamentos verticais para eliminar as ocupações de áreas irregulares (calçadas e espaços verdes)"
José Lelis de Souza, doutor em Engenharia de Transportes pela Universidade de São Paulo


Denuncie (será que resolveria algo... ?)

Programa de Transporte Urbano do DF — Brasília Integrada
O projeto Brasília Integrada é apontado pelo governo como a solução para resolver os problemas de trânsito e transporte. Dentro do programa existem muitas vertentes, como a integração entre itinerários de ônibus e metrô, a ampliação das vias, a expansão do metrô e a construção do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), além do incentivo aos meios de transporte alternativos, como bicicletas.

Ampliação da Estrada Parque Taguatinga (EPTG-DF-085)
O fluxo que era de 150 mil veículos deve dobrar a capacidade quando a obra for concluída. Estão sendo feitas algumas passarelas, quatro complexos de viadutos, vias marginais com duas faixas cada, quatro pistas de cada lado na via principal (sendo uma delas exclusiva para ônibus, feita de concreto) e uma ciclovia. São 26km de extensão (ida e volta) a um custo de R$ 245 milhões. O Banco Mundial financia 70% da obra e os 30% restantes são a contrapartida do GDF.

Programa Cicloviário do Distrito Federal
Do projeto inicial, que previa a construção de 600km de ciclovias/ciclofaixas, o governo entregou apenas 42km. Atualmente, 125km estão em obras. Nas próximas semanas, dois dos quatro trechos que vão interligar as cinco estações do metrô de Ceilândia começarão a ser construídos e vão custar R$ 3,8 milhões. Em Santa Maria, há um trecho de 15km que está sendo reformado e, no Recanto das Emas, outros 33km. Rodovias como a Estrada Parque Vicente Pires e a EPTG terão ciclovias. O programa chegou a ter uma gerência para cuidar exclusivamente dos estudos e planejamento das ciclovias, mas ela foi extinta recentemente.

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
O governo dividiu as obras em três trechos. O trecho 1 tem 6,5km e vai do aeroporto até o Terminal Sul. Recebeu recursos de R$ 361 milhões do governo federal por meio do Programa de Infraestrutura e Transporte e Mobilidade Urbana, o Pró-Transporte. A verba também será aplicada na duplicação da DF 047 — que liga o aeroporto ao Eixão Sul. As obras devem começar ainda este ano e a previsão é que sejam concluídas em novembro de 2012. O trecho 2 é o maior, com 8,7km. Compreende o percurso entre o Terminal Sul e a 502 Norte. O viaduto em frente ao Setor Policial Sul e o Centro de Manutenção já começou a ser construído, mas a obra está parada porque o governo ficou devendo documentação que está sendo analisada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O terceiro e último trecho vai da 502 Norte ao Terminal Norte (7,4km), mas ainda não há previsão para ser iniciado.

Estacionamento subterrâneo
O GDF está ajustando o orçamento para licitar a construção, a implantação, a sinalização, a operação e a manutenção de estacionamentos em áreas públicas. Serão criadas 10.574 vagas subterrâneas e de superfície nos setores Comercial Sul, Bancário Norte, Bancário Sul, Autarquias Sul, Hospitalar Norte e na Esplanada. As obras estão estimadas em R$ 300 milhões.


Fonte: Comitê de Obras do Governo do Distrito Federal e Codeplan.

52 motivos que pode fazer seu câmbio falhar

A lista é até maior, mas separamos uma leva de 52 para você checar antes de reclamar da qualidade do coitado do câmbio. Boa parte das falhas diz respeito a montagem da bike, outra parte ao desgaste, mas sobra também para a sujeira que você deveria manter longe da bike.

Marcelo Rudini (http://www.bikersbrasil.com/profile/MarceloRudini) Aponta nesta matéria, vários motivos para que seu câmbio não trabalhe bem. Veja se esta cometendo alguma dessas falhas antes de reclamar da qualidade do seu câmbio.



1. Quebra ou cabo desfiado dentro do conduite- possivelmente sobe o ferrolho onde não é visto.

2. Fenda na ponteira.

3. Fenda no stop do cabo junto ao quadro.

4. Fenda no trocador onde o conduite é entra.

5. Ajuste fino no trocador muito pra fora.

6. Conduite de freio no lugar de conduite de câmbio.

7. Cabo não passado corretamente pelo guia de cabo sob o movimento central.

8. Protetor de quadro muito grosso entre o cabo e o quadro que interfere no cabo.

9. Interferência de acessórios montados no quadro.

10. O terminal do cabo é muito grande e deixa o conduite se mover dentro do terminal.

11. Cabo sem terminal, onde um é necessário.

12. Conduite muito curto deixando o cabo apertado demasiadamente.

13. Revestimento do cabo dentro do conduíte deslocada em relação ao fim do conduite.

14. Conduite finalizando no trocador em um ângulo ruim.

15. Ponteiras gastas junto ao trocador ou no câmbio.

16. Alguns quadros exigem terminais especiais e não foram usados.

17. Cabo esganiçando ou dividindo.

18. Conduite forçado sobre alguma obstrução.

19. Conduite fica apertado quando a suspensão é comprimida.

20. Conduite ficam apertadas quando o guidão é virado.

21. Cabo pinçado entre o pezinho e o quadro.

22. Torção no cabo

23. Torção no conduite

24. Algo grudado na cabeça do cabo dentro do trocador.

25. Fenda no terminal de ajuste fino.

26. Interferência do cabo de freio frontal quando o guidão é virado.

27. Cabo enrolado no parafuso de fixação de maneira errada.

28. Placa de fixação no câmbio no sentido errado.

29. Pivôs do câmbio com folga.

30. Câmbio “dobrando” sobre o parafuso de fixação.

31. Conduite contaminado com sujeira causando algum tipo de fricção sobre o cabo.

32. Dobra muito acentuada no conduite.

33. Ponteiras pinçadas ou amassadas.

34. Conduite com a ponta amassada.

35. Buraco do terminal de conduites selados parcialmente obstruídos.

36. Trocador sujo por dentro.

37. Sujeira em torno dos pivôs do câmbio.

38. Câmbio dianteiro grudento de barro e óleo.

39. Parafuso do gancho do câmbio dianteiro solto

40. Parafuso do suporte do câmbio solto.

41. Eixo do blocante solto.

42. Parafuso do corpo da catraca solto.

43. Cubo com folga.

44. Esferas da catraca desgastadas.

45. Falta de espaçador de engrenagens no cassete deixando tudo frouxo.

46. Anel de travamento do cassete solto.

47. Esferas do rolamento do movimento central desgastadas.

48. Movimento central solto.

49. Porca de travamento do movimento central quebrada causando oscilação no pedivela

50. Parafusos do pedivela soltos.

51. Braços do pedivela tortos

52. Coroa torta

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Homem perde parte da orelha durante briga de trânsito no DF

14/07/2010 14h43
Vítima deve precisar de cirurgia para reconstituir parte da orelha.
A polícia investiga o caso, mas ainda não encontrou os agressores.


Um homem de 32 anos levou uma mordida e perdeu parte da orelha durante uma briga de trânsito na terça-feira (13), no Distrito Federal. Geanderson de Araújo voltava para casa pela via Estrutural quando um carro bateu no veículo dele. Para impedir que o motorista fugisse, ele fechou o carro que provocou o acidente.

Três homens desceram do outro veículo e partiram para cima dele com chutes e socos. Além disso, o rapaz levou uma mordida na orelha esquerda. A vítima seguiu os agressores até Ceilândia, a cerca de 30 Km de Brasília, mas teve que parar no hospital por causa da dor.

Além dos ferimentos, Geanderson deve ter que fazer uma cirurgia de reconstituição da orelha. “O que me chocou foi eu ter perdido minha orelha e a quantidade de pancada que levei. Meu psicológico está completamente abalado pelo acontecido”, fala. “A gente fica com medo até de sair de casa”, completa.

Geanderson de Araújo está internado no Hran, hospital na região central de Brasília, onde espera por uma avaliação com um cirurgião plástico. Ele deve precisar de uma reconstituição, já que parte da orelha foi arrancada durante a briga. A polícia ainda procura o dono do carro onde estavam os agressores e, através de testemunhas, deve fazer um retrato falado.

FONTE: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/07/homem-perde-parte-da-orelha-durante-briga-de-transito-no-df.html

terça-feira, 13 de julho de 2010

A reinvenção da cidade viaja de bicicleta

Folha de São Paulo, 12/07/2010 – por Ronaldo Lemos (Filho) – Caderno Folhateen.

ESTIVE EM Montréal (Canadá) na semana passada à convite da HEC, importante escola de administração de Québec. Havia muita coisa acontecendo na cidade. Entre elas o festival de Jazz, que neste ano trouxe Lou Reed e Laurie Anderson, Dave Brubeck (com 90 anos!) e boas performances de novatos, como a da furiosa cantora e multi-instrumentista Sophie Hunger.

Mas o que mais me impressionou foi uma revolução silenciosa que está acontecendo de bicicleta.

Explico. Existe uma batalha entre pedestres e donos de carros acontecendo ali. E os carros estão perdendo.

Um dos recentes movimentos da disputa é um serviço chamado Bixi (www.bixi.com), que consiste em estações de bicicleta espalhadas pela cidade.



Funciona assim: você vai até uma estação e pega uma bike (dá para pagar na hora com cartão de crédito). A partir daí, pedala até onde quiser e deixa a bicicleta de volta na estação mais próxima do destino.

O sistema é totalmente diferente do aluguel de bicicletas para passear. Ele é um sistema de transporte público. Tanto que a tarifa anual custa R$ 140. A partir daí, o uso por até meia hora é grátis. Se a bike ficar mais de meia hora sem retornar a uma estação, R$ 3 são cobrados por hora.

Onde entra a internet nisso? A tecnologia é que faz tudo funcionar. O Sol alimenta o leitor do cartão de crédito e a conexão com a rede.

Não há nenhum fio, então as estações podem ser deslocadas rapidamente.

Por meio de um aplicativo de celular, é possível saber quais as estações mais próximas e quantas bicicletas estão disponíveis.

Com isso, tudo se auto-organiza. Uma horda de bicicletas circula todos os dias guiadas pela “mão invisível” dos usuários, que vão distribuindo e redistribuindo as magrelas de maneira mais eficiente do que se houvesse alguém controlando tudo.

Ao ver isso, fiquei sonhando com o dia em que a batalha entre pedestres e donos de carro vai começar no Brasil. Eu já escolhi o meu lado.

domingo, 11 de julho de 2010

Restrição de veículo particular

Saiu da garagem, pagou

A Holanda vai cobrar tarifa por quilômetro rodado de todos os carros do país.
A intenção é diminuir os enormes congestionamentos de trânsito


Nathalia Butti

Lex Van Lieshout/ANP

CONTROLE VIA SATÉLITE
Veículos nas ruas da Holanda: aparelhos
de GPS vão informar quanto cada um
deles rodou

Holanda, um dos países com maior densidade populacional da Europa, é também um dos que mais sofrem com congestionamentos de trânsito. Nos horários de pico, em Amsterdã e arredores, as lentidões chegam a se estender por 1000 quilômetros. Na tentativa de diminuir essa tortura diária infligida aos cidadãos, o ministério dos transportes holandês anunciou que, a partir de 2012, passará a cobrar uma taxa por quilômetro rodado de todos os carros que circulam no país. A tarifa básica será de 3 centavos de euro por quilômetro, com previsão de reajuste gradual até chegar a 6,7 centavos em 2017. Os valores serão maiores nas vias mais movimentadas e nos horários com volume de trânsito maior. Carros híbridos e muito econômicos terão descontos. Como compensação pela nova taxa, os impostos sobre veículos serão reduzidos. Até a cobrança entrar em vigor, todos os motoristas holandeses terão de equipar seus carros com aparelhos de GPS, que enviarão as informações sobre sua movimentação a uma central responsável pela cobrança. A falta do GPS acarretará multa.
Com a medida, o governo holandês espera reduzir pela metade os congestionamentos de trânsito até 2020. Outra consequência será a diminuição das emissões de gases do efeito estufa. Esse benefício é especialmente bem-visto num país com boa parte de seu território abaixo do nível do mar. Caso se concretize a previsão de elevação dos oceanos devido ao derretimento das geleiras do Ártico, a Holanda seria uma das primeiras vítimas da inundação das zonas costeiras.
O modelo criado pelos holandeses, de taxar toda a frota nacional, é inédito, mas o pedágio urbano vem sendo adotado por várias cidades do mundo como forma de aliviar o trânsito em seus pontos mais críticos. Singapura implantou o pedágio na área central em 1975 e, em quinze anos, conseguiu reduzir os engarrafamentos em 40%. Em 2003 foi a vez de Londres passar a cobrar dos motoristas para circular, das 7 da manhã às 6 da tarde, numa área de 22 quilômetros quadrados em torno do centro da cidade. A tarifa, inicialmente de 5 libras, está hoje em 8 libras, cerca de 22 reais, e a área foi ampliada. Em um ano, os congestionamentos no centro londrino foram reduzidos em 30%.
Em Estocolmo, na Suécia, o pedágio foi implantado em 2007. Antes de dar o aval por meio de um plebiscito, a população da cidade testou o sistema durante seis meses. Um transmissor acoplado ao para-brisa emite um sinal quando o carro passa sob arcos metálicos com sensores instalados nas vias que dão acesso ao centro da cidade. O valor é debitado diretamente na conta bancária do condutor. A Holanda fez outras tentativas para melhorar o fluxo de veículos, como criar pistas exclusivas para carros com mais de três ocupantes e distribuir brindes aos passageiros dos transportes públicos. Nada deu certo. Agora, a expectativa é sensibilizar os motoristas pelo bolso.